Data: 05/04/2015
Veículo: O POVO
Em homenagem ao rio Cocó, como pedido de proteção para a região, primeiro houve uma ciranda. Coube aos “batuqueiros do mar”, participantes do projeto Limpando o Mundo, assumir os tambores no momento que eles chamaram de “grito verde”, na manhã deste sábado na Sabiaguaba. Depois, foi a hora da ação: em grupos, os voluntários promoveram limpeza do manguezal e da praia.
Um dos objetivos, conta o coordenador geral do projeto no Ceará, Juaci Araujo, é iniciar mapeamento para compreender a situação do rio, já que há estudos mostrando ele está impactado desde a nascente. “O rio corta a cidade e traz uma carga de resíduos sólidos e efluentes, contaminando o ecossistema”.
O biólogo reforça que o estuário é berçário da vida marinha. “Muitos peixes saem daqui para ir ao oceano. Isso ressalta a importância e um serviço ambiental para sociedade”, complementa.
Consciência
Alice Frota, 21 anos, estudante de Biologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante do Grupo de Trabalho de Proteção às Tartarugas (Gtar) Verde Luz, é veterana nas expedições do Limpando o Mundo - já acompanhou ações na Barra do Ceará e em Icapuí. Na Sabiaguaba, ela criticou a quantidade de garrafas encontradas no rio Cocó.
“As pessoas vêm comer, se divertir, e não custa nada levar uma sacola e recolher. Tudo é uma questão de consciência”, endossa. “O Limpando o Mundo não é apenas vir e limpar. É para arrastar a comunidade para que ela veja que é um trabalho de formiguinha. Não jogue o lixo fora que já melhora 100%”.
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